Do outro lado do mundo
>> quarta-feira, 16 de junho de 2010
Todo mundo sabe que o país vive sob o regime ditatorial do presidente Kim Jong-Il. Mas o que quase nenhum brasileiro imagina é que ser cristão na Coreia do Norte é algo que chega a ser perigoso, segundo os dados informados pela Missão Portas Abertas.
Veja o que dizem a respeito da comunidade cristã da Coreia:
A Igreja
Menos de 2% da população é cristã, apesar de o cristianismo ter uma longa história na região. Antes da guerra, o país era palco de um avivamento. A capital, Pyongyang, abrigava quase meio milhão de cristãos, constituindo na época 13% da população. Após a guerra, muitos cristãos fugiram em direção ao sul ou foram assassinados.
Atualmente, há quatro igrejas na cidade - duas protestantes, uma católica e outra ortodoxa -, mas são basicamente "igrejas de fachada", servindo à propaganda política.
Quase todos os cristãos na Coreia do Norte pertencem a igrejas não-registradas e clandestinas. O culto deles se constitui de um encontro "casual" de dois ou três deles em algum lugar público. Lá eles oram discretamente e trocam algumas palavras de encorajamento.
A perseguição
A perseguição aos cristãos foi intensa durante o período de dominação japonesa, especialmente devido à pressão exercida pelos dominadores para a adoção do xintoísmo como religião nacional. Desde a instalação do regime comunista, a perseguição tem assumido várias formas. Em um primeiro momento, os cristãos que lutavam por liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país. Edifícios onde funcionavam igrejas foram confiscados e líderes cristãos receberam voz de prisão. Ao serem derrotados na Guerra da Coreia, soldados norte-coreanos em retirada frequentemente massacravam cristãos com a finalidade de impedir sua libertação.
Ser cristão é perigoso na Coreia do Norte; por isso o país ocupa, pelo sexto ano consecutivo, a primeira posição na Classificação de países por perseguição. O Estado não hesita em torturar e matar qualquer um que possua uma Bíblia, esteja envolvido no ministério cristão, organize reuniões ilegais, ou até que tenha contato com outros cristãos (na China, por exemplo). Os cristãos que sobrevivem às torturas são enviados para os campos de concentração. Lá, as pessoas recebem diariamente alguns gramas de comida de má qualidade para sustentar o corpo que trabalha por 18 horas. A menos que aconteça um milagre, ninguém sai desses gigantes campos com vida.
Depois de ler uma coisa como essa, eu imagino que nós, jovens brasileiros, temos um privilégio.
Privilégio, no entanto, desperdiçado, vulgarizado. Nós verdadeiramente cuspimos na nossa liberdade de expressão, fazendo do Evangelho um marketing barato. Procuramos enfeitá-lo cada vez mais nos chamados "cultos", fazemos "funk gospel" sem letra nenhuma (nada contra o funk, sou contra a falta de temor de Deus ao escrever uma música dita 'gospel'), aliás, termo que se tornou apenas um motivo pra querer fama e sucesso.
O que a gente tem que fazer mesmo é dobrar o joelho e dizer: "Eis-me aqui Senhor, envia-me a mim!"
E eu digo isso pra mim mesma também, tenho receio de dizer isso, pois sei que seria da boca pra fora, palavras vãs.
Tenho medo de sair da zona de conforto, e confesso que não quero. Mas eu não quero mais querer, e peço que Deus mude isso em mim. Creio que isso deve partir de cada um também. :)
Aqui estão alguns motivos de oração citados também pela Missão Portas Abertas:
• Louve a Deus pelo crescimento da Igreja e pela capacidade dos cristãos norte-coreanos de divulgar o evangelho mesmo sob rígidas restrições. Ore para que novas oportunidades de evangelismo sejam descobertas.
• O povo sofre com a obrigação de cultuar os líderes do país. Ore para que o vazio dessa falsa religião torne-se evidente e para que os norte-coreanos busquem o Deus verdadeiro.
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