Pequenos grandes fragmentos

>> quarta-feira, 5 de maio de 2010

Texto por: Paula Francis


Quando eu tinha 13 anos, me mudei juntamente com minha família de Goiânia-Go para São Vicente-Sp. Não precisa pensar muito pra saber que isso é uma mudança realmente drástica.
By the way, todo mundo sabe que os 13 anos são o auge de todo aquele "êxtase adolescente", em especial de uma garota. A gente começa a olhar as coisas com um olhar "adulto", embora com o coração ainda de uma criança.
Meninos, meninos, meninos. É o principal assunto, é o foco.



Lembro que, um tempo depois de nossa chegada, comecei a frequentar a Escola Bíblica Dominical, na classe dos adolescentes. Aquilo tudo me marcou muito, e até hoje tenho bastante coisa guardada, que a propósito, compartilharei com vocês hoje.
Nas minhas manhãs de domingo, quem coloria nossa classe de adolescentezinhos envergonhados era o nosso líder, Eduardo. A feição dele já engana a idade, quanto mais o temperamento sanguíneo! Enfim, ele envelhece e fica cada vez mais jovem, esse é o ponto. E isso nos tornava cada vez mais unidos.


Num belo dia, ele entrou no assunto de relacionamentos...
"Opa!" - Isso foi o que todo mundo pensou, creio eu.
Claro, nos nossos 13, 14, 15 aninhos, já pensávamos que encontraríamos nossos príncipes ou princesas encantados, fossem eles cristãos ou não. (Claro, nessa época, namorar não parece uma ideia tãããão errada assim, muito menos ligamos pro fato da pessoa ser cristã ou um bandido qualquer.)  Pra nossa decepção, o titio Eduardo logo cortou nosso barato. Disse que tudo tinha seu tempo e tal, e aquele definitivamente não era o nosso, ainda.
Lembro-me muito bem das coisas que ele contou a respeito disso.

"Tudo o que começa errado não pode simplesmente se tornar certo. O que começa errado VAI ser errado, e o que começa certo (e continua certo) VAI ser sempre certo."
Claro, nem todo mundo entende o que é o certo pra nós, filhos e filhas de Deus. Muito menos nos seus 13 anos.
Quatro anos depois, ainda me lembro como se fosse hoje da noite da fogueira do acampamento.
Eu e algumas meninas começamos a conversar com o Eduardo sobre isso. Aí ele não disse nada demais, só contou duas histórias:
"Imagine que vocês são folhas de sulfite. Quando você tem um relacionamento com alguém, imagine que esse alguém é outra folha de sulfite que foi colado em você. Agora pense: quanto mais cedo você embarca num relacionamento, mais cedo você vai querer separar-se, pelas chances de não dar certo. Fica a critério de vocês imaginarem o que acontece quando você separa as duas folhas de sulfite..."
Daí, claro, sempre tem um que tenta contra-argumentar. Foi então que ele contou a segunda história:
"Ok, vou contar uma história verídica. Certa vez, uma tal garota encontrou o 'homem da sua vida' e ambos resolveram se casar. Ela, no passado, conheceu vários homens e teve muitos namorados. Ele, era o típico 'cara para se casar'. Na noite anterior, ela teve um sonho. Neste sonho, estavam todos os seus ex-namorados em seu casamento, e quando passava por cada um, deixava um pedaço do seu coração. Quando chegou no altar, viu que o seu futuro marido ficou com apenas uma minúscula parte do coração, ou o que restou dele. E ele, triste, percebeu que aquilo era tudo. Agora me diga, quando você for se casar, quer ter apenas um pequeno fragmento para dar ao seu esposo, ou você quer dar TUDO?"
Aquilo ficou sempre guardado em mim.
E eu prometi a mim mesma que nunca deixaria isso acontecer.


Mas...
Como existem coisas que a gente não pode prever,  peguei um ou dois sinais e deduzi que o garoto em questão seria o pai de meus filhos. Erro meu.
Uma boa pessoa não é o suficiente, um crente carnal não é o suficiente, um machista, um orgulhoso, um "espiritual", um cara trabalhador, mas avarento, um cara que tem tudo isso e não reconhece seus erros, não, não, não. NÃO é o suficiente.
Eu precisei de meses de insônia pra entender que eu era a errada em gostar de uma pessoa que as pessoas que gostavam de mim não gostavam. E mais, fui mais errada ainda em achar que alguns "sinais" eram suficientes pra entregar não só uma parte do meu , mas todo ele.


Pense nisso: o seu deve ser totalmente entregue ao Senhor.
Ninguém pode roubar o lugar dele. E esse é o nosso principal erro.


Acredite, eu não estaria escrevendo aqui se não achasse que isso fosse importante.
Creio que eu me toquei a tempo de deixar meu coração semi-inteiro, posso conviver sem uma casquinha dele.
Mas talvez você tenha a chance de deixá-lo completo. Tente !

4 comentários:

@abraaostephanes 7 de maio de 2010 às 14:35  

ah deeemais esse post *------*
é verdade tudo isso que cê falou !
temos que esperar , não pensar no tempo , mas pensar no processo !

Unknown 11 de maio de 2010 às 19:12  

Tá né, me deixa achar coisas, deixa eu me iludir achando que eu te inspírei :/ UIASHDUISADHSAD

Unknown 14 de janeiro de 2011 às 14:24  

Poxa, Lindas "ilustrações", é uma pena que muitas vezes tenhamos que errar e se machucar pra que aprendamos e reconheçamos o conselho certo que nos deram. Maravilhoso é saber que Jesus sempre nos valerá como chances incontáveis de perdão.

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